Revista
AFETOS & SEXUALIDADE
DEFCON poder
DEFCON poder
DEFCON Poder
Mito – As pessoas com deficiência não apresentam sentimentos, emoções e/ou necessidades sexuais, sendo incapazes de estabelecer vínculos afetivos e/ou amorosos.
Verdade – Pessoas com deficiência conseguem estabelecer relações afetivas e/ou amorosas, bem como sentir e expressar as suas necessidades, emoções e/ou sentimentos.
Mito – As pessoas com deficiência apresentam desejos e necessidades incontroláveis e exageradas.
Verdade – Nas pessoas com deficiência a expressão sexual é encarada por vezes como perversão, pela ocorrência pública de comportamentos sexuais (maioritariamente na deficiência intelectual). Contudo, não existe relação direta entre a sexualidade exagerada e a deficiência e respetivas caraterísticas.
Mito – As pessoas com deficiência não têm relações sexuais nem conseguem usufruir do ato sexual normal, por isso, são pessoas que têm disfunções sexuais associadas (ao nível do desejo, excitação e orgasmo).
Verdade – Pessoas com deficiência podem requerer algumas adaptações para ter relações sexuais, o que por vezes pode constituir uma barreira à prática do ato sexual espontâneo. Contudo, conseguem beneficiar de sensações de prazer sexual e bem-estar.
Mito – Pessoas com deficiência são estéreis ou quando se reproduzem, geram filhos com deficiência.
Verdade – Em alguns casos, pode existir a redução da fertilidade ou problemas correlacionados com a deficiência, contudo importa referir que nem sempre a deficiência é hereditária. Há casos de filhos(as) de pessoas com deficiência que nascem sem deficiência.
Mito – As pessoas com deficiência não conseguem estabelecer relações sexuais porque são indesejáveis ou pouco atraentes.
Verdade – A deficiência é caraterizada socialmente como “invalidez”, “infelicidade”, “incapacidade”, o que afeta a imagem corporal, autoestima e confiança da pessoa com deficiência, condicionando o estabelecimento de relações afetivas e sexuais. O estabelecimento de relações sexuais e amorosas parece estar socialmente associado a padrões de estética e beleza, mas isso não impede que pessoas com deficiência não se relacionem amorosa ou sexualmente e tirem satisfação e prazer das respetivas relações.
Autores: Rodrigo Celestino e Miguel Pires
Revista DEFCON Poder da APCAS-Associação de Paralisia Cerebral de Almada Seixal, cofinanciada pelo Programa de Financiamento a Projetos do Instituto Nacional para a Reabilitação!
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